quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Crescimento da filha. Sofrimento da mãe.

Postado por Flávia às 05:24
Todo mundo sabe como é mãe de primeira viagem. Tudo que o filho faz é incrível, único e nunca na história desse país uma criança foi tão esperta como a sua. Comigo deve ser pior ainda porque eu nunca convivi de forma próxima com outro bebê. Então a cada dia sou surpreendida com uma novidade da minha mocinha.

Esse introdutório todo é para contar que a garota já está ensaiando sentar. No final do quarto mês a criança já está querendo sentar. E eu fico boba gente. Como pode? As mães já acostumadas com essa turma prafentrex podem achar super normal para idade, mas eu que estou no primeiro filho e ainda sou do tempo que criança não abria os olhos logo que nascia, fico abismada.
Aconteceu assim. Um belo dia coloco Ana deitada no bebê conforto. Vou me ajeitando no carro com as 230 sacolas e quando olho a menina está lá se esforçando. Em um segundo ela levantou o dorso, sentou no bebê conforto e ficou segurando com as mãos em cada lado para se apoiar. Sentada. Sentada! Quequeisso minha gente? Ficamos, eu e o pai, abestalhados.

É claro que ela só consegue ficar por alguns segundos. Mesmo assim eu já levantei a grade do berço. Vai que a menina resolve sentar de uma vez e me pula daquele berço. Sei lá. Melhor prevenir...

O ponto máximo dessa descoberta foi quando levei para visitar o pai no trabalho. Chegamos no meio de uma reunião. È claro que o pai foi logo colocando a filha no colo. E lá ficou a menina encostada  como se trabalhando estivesse. Depois o pai me contou,todo orgulhoso, que no meio da reunião ela se colocou novamente na posição sentada e ficou escutando o chefe falar. Séria. Como se compreendesse tudo. Figura demais!
Sinto-me privilegiada por acompanhar de perto o desenvolvimento da minha filha. A cada dia um riso novo, uma forma de se comunicar diferente. Eu tenho vivenciado como tem que ser. A melhor coisa do mundo e efêmera também. Passa rápido e por isso me entrego totalmente.

Daí que estou tristinha esses dias porque essa delicia integral tem prazo de validade. Janeiro eu retorno ao trabalho e o rápido passar do tempo me deixa angustiada. Só em pensar em deixar meu bebê durante todo o dia e só encontrar a noite. Lágrimas,lágrimas,lágrimas.

Reflito muito e reconheço que a maior dificuldade é minha e não de Ana. Sei que na maioria das vezes as crianças tiram de letra. Como quando achei que ela não conseguia dormir sem ficar grudada na gente. Viajamos para Salvador e lá não teve o pai para ficar grudada. Teve cama enorme para se espalhar todinha. No primeiro dia me agarrei nela para garantir uma boa noite sono. Era a primeira noite fora de casa e ela podia estranhar. No segundo dia,de tanto minha mãe falar, passei para o outro lado da cama e deixei a vontade. Surpresa! Nada mudou. Nenhuma alteração. Ana dormiu tranqüila como sempre acordando apenas na madrugada para mamar.

Voltei pra casa e na mesma noite ela dormiu no berço. Sem precisar do abraço do pai ou da mãe. Ela estava pronta pra isso e eu que não percebi. Talvez eu não estivesse pronta e esqueci de sentir/tentar entender a necessidade dela. Graças a Deus que essa viagem aconteceu para me mostrar isso. E eu quase desisti de ir por causa de todos esses medos. Será que Ana vai dormir bem? Será que vai estranhar? E a cadeira de balanço vai ficar. Como vamos fazer pra ela dormir? Será? Será?
Agora talvez esteja projetando os meus “serás?” nela também. Entendo que preciso trocá-los por deixar acontecer. Trocar o sofrimento antecipado por vamos viver esse momento único e deixar o amanhã para amanhã. Aprender o ensinamento: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

Ô máxima difícil de aprender viu Jesus?

2 comentários:

Unknown on 3 de novembro de 2011 às 05:47 disse...

Oi Flavia! Acho que vou ser como vc, também nunca tive muito contato com bebês e acho o máximo cada evolução. Ficava boba quando via cada novidade da minha sobrinha. Mas, como ela mora em Miami, não consegui acompanhar tudo tudo de pertinho... Com certeza, as crianças aprendem muito rápido e ela ainda vai te trazer muitas surpresas. Beijos!

Cristiane Matos (Kyu) on 3 de novembro de 2011 às 07:42 disse...

Que delícia viver cada momento único do crescimento de nossas pequenas!
Amiga, entendo sus angústia, mas isso passa. Logo, logo você estará aqui contando sobre as peripécias de Ana na creche, o quanto ela se desenvolveu tendo outras pessoas e crianças em seu convívio e enchendo esse blog de fotos lindinhas dela aprontando por lá!! Pode acreditar!
Eu não vivi a ida de minha pequena tão cedo para creche, mas vivi a ida dela muito cedo à escola. Estávamos recém chegados em AJU e Mamá entrou na escola com 1 e poucos meses, escola mesmo!! No início me doeu vê-la ter que acordar cedinho para tantas atividades, achava que se ela teria que viver isso pra sempre, porque fazê-la viver tão cedo? Sem contar que agora eu não tinha mais controle sobre parte do dia dela e como sou meio controladora isso me deixava louca. Entregava ela na escola e voltava pra casa chorando kkkk
Hoje vejo como foi maravilhoso isso pra Mamá, ela evoluiu, ficou mais sociável, criou laços afetivos além de nós dois (muito importante para nós que estamos longe da família) e hoje, passados 4 anos quando falo em tirá-la da escola e colocá-la em outra ela vira pra mim e solta um "NEM PENSE NISSO!" kkkkk
beijosss

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