A maternidade me proporcionou duas estreias: nascimento de dente e doença de filho.
A primeira foi comemorada, anunciada e curtida devidamente como pais babacas que somos. Enumeramos as vantagens de se ter dois dentes. Rodopiamos com ela e cantamos “Você já tem dente” “Já é uma mocinha”. Pelo comportamento, provavelmente somos os únicos a ter uma filha com dente.
A segunda foi básica, mas nem por isso deixou de ser angustiante.
Ana teve a sua primeira gripe. Ela chegou de mansinho depois de uma ida a piscina. Em um dia que a garota tinha se divertido muito. Encontrou um garotinho maior na piscina e passou boa parte do tempo batendo as pernas e os braços como se nadasse com o novo amigo. Voltamos pra casa e algumas horas depois o nariz já estava corizando.
Não consegui falar com o pediatra e o meu temor se concretizou. A noite tínhamos em casa um bebê chorando irritada com o nariz entupido, uma mãe angustiada tentando acalma-la e um pai na internet tentando encontrar um caminho que não envolvesse medicação sem orientação. Resultado: Uma terrível divertidíssima ida à emergência pediátrica. Delicia!
Madrugada, depois de passar pela sempre simpática médica de plantão (tô toda trabalhada na ironia), saímos de lá com uma receita debaixo do braço e o bebê que exausta adormeceu em nosso colo na única posição possível: em pé. Imagina a nossa noite...
Como experiência provei um dedinho da coisa que toda mãe está careca de saber: doença de filho é angustiante pra dedéu! E olha que (graças a Deus) não tivemos febre nem catarro no peito. Só uma amostra. E eu já fiquei de coração partido.
Sempre tive a ideia romântica que Ana passaria o seu primeiro ano livre de qualquer doença. Por estar comigo, protegida, mamando. A médica, sem tirar os olhos da receita, matou meu sonho de Alice: Isso reforça a imunidade, mas não impede. Nós mesmos podemos contaminar a criança.
No outro dia (vejam bem) amanhecem mãe e filha doentes. Ô boca abençoada a dessa médica!
Hoje temos mãe recuperada e filha se recuperando. Uma mãe que precisa ter uma DR com o pediatra e uma filha que por mais que o nariz escorra continua pulando e acorda trezentas vezes a noite. Uma mãe louca com tanta meleca e uma filha que não permite qualquer tipo de limpeza em seu nariz. Uma filha crescendo e uma mãe aprendendo. Com um dente e uma gripe. Pequenas coisas. Mas as estreias são sempre emocionantes. Pelo menos para quem as vivem.
1 comentários:
Olá, Flávia!
Seu espaço é um verdadeiro encanto! Quanta ternura, amor e alegria refletidas em suas postagens! Gostei muito e me instalei por aqui.
Que Deus abençoe sua linda família!
Com carinho,
Angela
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