terça-feira, 15 de outubro de 2013

O amor em forma de bacia

Postado por Flávia às 18:25 0 comentários

Fui criada na casa dos meus avós na companhia dos  três tios irmãos de minha mãe. Um tio era magrelo rabugento, o outro um  barrigudo divertido e o terceiro era jovem.

Eles me amaram, cuidaram e inventaram mil histórias que marcaram a minha infância.

O momento mágico da minha infância aconteceu no Natal. E foram os meus tios os responsáveis.

Naquele Natal , o pássaro preto do vovô levou a minha carta para o papai noel. Aquele ano era muito importante. Eu tinha um pedido especial: uma piscina!

Os meus tios ensinaram um ritual todo especial. Escrever a carta, deixar a sandália bem limpinha ( afinal nem o papai noel merece chulé) e dormir confiante na surpresa que me aguardaria de manhã.

Mas naquele ano, o tio jovem ainda tinha mais uma surpresa. Pela primeira vez eu poderia falar com o Noel por telefone. Mais o detalhe: Noel era um senhor bem velhinho, um pouco surdo, e eu teria que falar bem alto pra que ele conseguisse escutar.

Começa a ligação e o velhinho me pergunta logo de cara qual é o meu pedido:

- Uma piscina, papai noel!

- O que minha filha¿ Fala mais alto!

- Uma piscinaaaaaa!!!

- Ah, uma bacia!

- Nãaaao, uma piscinaaaa!!!

-Tudo bem, filhinha. Eu vou levar sua bacia.

E assim terminou a ligação. Fiquei preocupada com a surdez do bom velhinho. Será que ele tinha entendido o meu pedido¿

Chega o Natal. Sandálias limpinhas esperando. Vou dormir confiante. Acordo transbordando de expectativa. Olho para as minhas sandálias e encontro... uma bacia!

Ai, meu Deus!!! Tios, gente, família!!! O papai noel errou... Ele não escutou direito.

Desço as escadas no misto de choro com ai meu Deus e quando vou contar a tragédia natalina para toda família, meus olhos avistam a cena que nunca esqueci.

Meus tios enchendo a minha piscina e dando boas gargalhadas.

Essa imagem e a felicidade que senti me marcaram tão profundamente que nunca mais esqueci. Nem da piscina. Nem do amor dos meus tios.

Naquele natal eu aprendi que o papai noel gostava de pregar peças.  Depois eu entendi que os meus tios também.

E que tudo isso era amor. Mesmo que em forma de bacia.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Para minha filha - 2 anos

Postado por Flávia às 13:39 2 comentários
Minha filha,

Você completou dois anos.
Tenho tanta coisa para te contar. Fiquei tanto tempo sem registrar nada.

Você deixou de mamar com um ano e onze meses. Eu já percebia que você só pedia o pêpê quando estava com sono ou querendo chamego. Quando eu precisava sair e você ficava com sua vó Celeste, muitas vezes passava o dia todo sem mamar. E além disso, há muito tempo só mamava no peito esquerdo. Comecei a perceber que preferia mais o bubu que o peito.
Aos pouquinhos fui conversando e explicando que já era uma mocinha e não precisava mais do pêpê.  E você foi deixando sem sofrimento. De vez em quando esquece e vem com a boca aberta no pêpê, mas nem chega a fechar a boca. Fica me olhando e brincando e sai sem mamar.

Você é linda, minha filha. Tem o cabelo cacheado e claro. Tem os olhos da sua mãe e o formato do rosto do seu pai. É esperta, carinhosa e amorosa. Conta até 10 e conhece todas as letras. Ama cantar e pular. E faz isso o tempo todo. Tanto que o brinquedo que vc mais gosta e pede para os seus pais te levarem é o pula pula.
É sociável, adora casa cheia e brincar com outras crianças. Chora quando as pessoas vão embora ou quando está brincando e o amiguinho precisa ir para casa. Você se apega as pessoas tão facilmente. É dada. É puro coração.

Algumas pessoas te acham séria no primeiro minuto, mas basta um tempinho brincando para conhecer a sua risada. Vc tem uma memória incrível. Consegue lembrar de brincadeiras e lugares que foi mesmo depois de muito tempo. Fiquei surpresa quando vi você brincando ontem e repetindo os nomes do papai e da mamãe que a sua vovó Celeste ensinou: mamãe Falva e papai Macus. Ontem também nós fomos ao pediatra, após seis meses. Para minha surpresa, você reconheceu o consultório e foi sozinha até a porta. E lá ficou esperando até ele abrir.
Continua louca por seu pai (desconfio que vai ser a vida toda). Ele é paciente e presente. Ama tanto vc. Vcs tem brincadeiras próprias. O banho de banheira com todos os bichinhos, as cosquinhas, as mordidas, as canções... E eu babo observando tudo. Ele canta assim: Princesinha do  papai. Ela é a coisa linda mais gostosa do pai. Ela é princesa. Ela é amor. Ela é a coisa linda mais gostosa do ...  O mais bonito é que você completa: pai

Acho que herdou do seu pai o amor pelos animais. Hoje você chorou copiosamente porque queria brincar com um cachorro, mas a dona avisou que ele mordia. Mesmo com os latidos e ranger de dentes, você não se conformou. Não sentiu medo. Queria entrar na casa e brincar com o cachorro. Você é tão corajosa e confiante.
Eu tenho tentado ser uma MÃE pra você. Sabe aquelas super mães? Mas no final sempre descubro que sou humana. E tento não me martirizar pelos erros, mas refletir e supera-los. E comemorar os acertos junto com você. Estou aprendendo, minha filha.

O que eu sei é que te amo avassaladoramente. Você me ensinou o amor ágape de Cristo. O amor verdadeiramente incondicional. Tenho procurado ser melhor em tantos aspectos e essa vontade nasceu junto com você.
Espero que quando for a sua vez de viver a maternidade essas palavras te ajudem um pouco. Se a sua mãe venceu e formou essa mulher maravilhosa que tenho certeza que você (Aninha do futuro) é, imagina você, minha filha. Tão alegre, amorosa e corajosa. Você pode muito mais.

Confie em Deus. Confie em você. Conte comigo.
E com meu amor.

Pra sempre.

sábado, 6 de outubro de 2012

Programação Infantil do Museu da Gente Sergipana

Postado por Flávia às 21:47 2 comentários

 
Para participar da programação infantil, os interessados deverão efetuar inscrição na recepção do Museu da Gente Sergipana. A programação acontece nos dias 10,11 e 12 de outubro oferecendo brincadeiras, cultura, histórias, artesanato, pintura, cordel, teatro, música e dança para as crianças.
Melhores informações no 3218-1551.

Programação para o mês da criança em Aracaju

Postado por Flávia às 19:55 0 comentários
Post rapidinho para divulgar a programação especial da Biblioteca Infantil Aglaé Fontes de Alencar (Biafa) comemorando o Dia das Crianças (12/10), Dia Nacional do Livro (29/10) e Dia dos Animais (04/10).

A Biblioteca Pública Infantil Aglaé Fontes de Alencar fica localizada na rua Dr. Leonardo Leite, S/N, bairro 13 de Julho, anexo à Biblioteca Pública Epifânio Dória. Para agendar visitas e mais informações, entre em contato com (79) 3179-1965.
Programação:

02 a 05 de outubro
Semana dos Animais
Horário: 9h às 15h
Contação de História - A cachorrinha Lalá e Fábulas dos bichos
Oficinas de Pintura e colagem
De 08 a 11 de outubro
Semana da criança
Horários: 9h e 15h
Oficinas de Artes e Contações de Histórias
Dia 09/10
Horário: 9h
Contação de Histórias com Grupo Prosarte de Contadores de Histórias
Dia 10/10
Horário: 9h
Contação de Histórias com a Educadora Cris Souza
Dia 11/10
Horário: 15h
Cantando na Biblioteca com a convidada Luciana Celi
De 15 a 19/10
Semana da Leitura e da Literatura
15 e 16/10
Horários: 9h e 16h
Roda de Leitura Infantil - Literatura do Escritor Sergipano Gustavo Aragão Cardoso
17 e 18/10
Horários: 9h e 16h
Roda de Leitura Infantil - Literatura da Escritora Sergipana Jeane Aguiar
22 a 26/10
Semana do Livro e da Biblioteca
22 a 25/10
Horários: 9h e 15h
Livrolino e Livrolina falam sobre a importância da conservação dos Livros
Oficina confeccionando Marcadores de Livro
24/10
Horário: 15h
Contação de História com a convidada Anna Cristina Araújo
29/10
Horário: 9h
Dia Nacional do Livro - Encontro com a Escritora Cris Souza.
Obs: Cada criança poderá trazer um livro de história infantil usado ou novo para doar para a BCVL.
31/10
Horário: 9h e 15h
Dia do saci pererê - Contação de História e Oficina de confecção de sacis


 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Ana e sua avó

Postado por Flávia às 08:22 1 comentários
É com carinho que observo a relação que Ana está construindo com minha mãe.

Minha mãe sempre esteve presente nos perrengues da recente caminhada da Aninha. Nos primeiros dias de nascida, quando eu ainda não tinha leite para alimenta-la, a avó dormiu com ela sentada no sofá da maternidade. A única posição que acalmou o bebê. Nas cólicas e nas crises de refluxo. Na primeira gripe e consequentemente sua primeira ida a emergência de hospital. A vovó milagrosamente aparecia sempre nos momentos em que Ana mais precisava. Minha mãe mora em outra cidade e em alguns momentos que ela veio nos visitar foi coincidentemente nos que mais precisávamos do seu colo. Sei que nunca foi coincidência.  Sei o quanto essas duas estão conectadas. E admiro tanto isso.

Acho incrível a relação das duas. E vejo Ana respondendo a isso de uma forma especial.

Minha mãe é a única pessoa que Ana vai para o colo imediatamente, sem estranhamentos, apesar de passar meses sem ver. Aprendeu a engatinhar com desenvoltura e começou a andar de verdade na casa da avó. Das cinco primeiras palavras duas foram ensinadas pela vovó. Pombo que ela pronuncia Pom e miau complementando a musica “Atirei o pau no gato”. A terceira foi bó ( vó) que ela falou nessa semana durante mais uma visita da minha mãe. Semana esta que ela ficou resfriada e nervosa em razão de mais dois dentinhos. E avó do lado entretendo, amando e sugerindo soluções para acalma-la.

Lembro de ouvir uma senhora que tem um neto da mesma idade de Ana. Ela falava de como gostava do neto e o quanto admirava a mãe que a filha tinha se tornado. Porém, a única coisa que a entristecia era que a filha não lhe tinha permitido ser avó. E por mais que ela quisesse participar com seus conselhos de quem já tinha sido mãe, nunca conseguiu. Um dia a filha ligou chorando porque precisou levar o bebê ao hospital e lá como uma boa emergência que se preze já tinham furado a criança desnecessariamente uma serie de vezes. Era um caso leve de desidratação. Com tristeza a avó constatava que a filha só a procurou em último caso. Lembro ainda de suas palavras: “Se me procurasse no inicio orientaria a dar bastante água, mas agora depois de dias e já no hospital, o que eu poderia fazer”. Ali a minha experiência não valia mais nada.

Eu , naturalmente, sempre respeitei e busquei a presença da minha mãe nos cuidados com Ana. Nunca me senti invadida ou pressionada. Acho que tudo se resume a como você se posiciona diante dos acontecimentos e das pessoas. Se com tranquilidade e respeito, dessa mesma forma também receberá. Ouço, analiso e tomo as minhas próprias decisões de acordo com o meu jeito de maternar. Nunca desfaço do que ela aprendeu e da sua experiência como mãe. Não há forma melhor ou pior. Apenas diferente.

E acho que estou no caminho certo na relação mãe e filha que prossigo vivendo e na relação neta e avó que está se construindo. Os bons frutos são incontestáveis. Vejo o amor, o companheirismo e a cumplicidade evoluindo em cada relação. Vejo uma parceira que antes era só minha se tornar também essencial na vida da minha Ana. Uma parceira de caminhada para os bons e não tão bons momentos. Como não estimular e buscar algo assim? Como não permitir que a minha filha viva esse amor?

Amor de vó. Casa de vó. Cheiro de vó. Lembrança pra toda vida que não negarei a minha filha. Seguirei realizando as minhas escolhas, respeitando a experiência e as diferenças. Sim. Acho que nesse quesito serei um bom exemplo para Ana. Espero sinceramente também colher incontestáveis frutos dessa semente. E um dia viver essa relação de amor com os meus netos.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Férias da garotada em Aracaju – Parte 3 – Bebês

Postado por Flávia às 05:54 0 comentários
Eu não fui o tipo de mãe que conseguiu sair borboleteando faceira pelas ruas logo após o parto. Pra falar a verdade, foi preciso meses para me entender, entender a minha filha, entender o meu jeito de maternar.
Não sentia a mínima vontade ou energia para curtir festinhas. Confesso que até pra receber visitas me esforcei um bocado. Eu tinha as cólicas pra lidar, amamentação para aprender, choros para decifrar. Era preciso entender a comunicação do meu bebê. Era preciso descobrir a mãe que eu queria ser. E com tantos questionamentos não sobrou tempo nem vontade para a vida social.
Passada esta fase, foi hora de respeitar o tempo da minha filha. Observei os melhores horários, evitei sair a noite pra não atrapalhar a sua rotina de sono, escolhi locais tranquilos. Preferi os parques da cidade sempre tão bem cuidados e tão cheios de paz.  Local ideal para uma mãe, apaixonada pelo verde, fazer os primeiros passeios com o seu bebê.
E refletindo sobre esses primeiros passeios com o meu bebê surgiu o post de hoje. Afinal essa turminha está sempre de férias, não é verdade?
Como não vou conseguir citar todos os locais de uma só vez deixo como dica dois dos meus preferidos. 
Parque da Sementeira
Primeira visita ao Parque da Sementeira - 4 meses
Foi o primeiro parque que nós fomos com Aninha. O parque é muito bem cuidado e frequentado principalmente por famílias. Um espaço verde enorme cheio de arvores, flores e tem lago com patos. Coisa que bebê adora né? Ou só eu que tenho uma doida por patos em casa? Por todo parque encontramos bancos para descanso e eu muitas vezes amamentei sentadinha em um daqueles bancos. Só aconselho levar os lanches pra você e para o bebê porque lá só encontrará porcaria: algodão doce , pipoca e bala. Leve uma toalha grande se o seu bebê ainda está engatinhando. Assim você pode estender na grama e deixa-lo livre pra aproveitar. Para os que já andam é uma verdadeira festa. Espaço verde a vontade para correr, brinquedos e outro dia até vi um garotinho se deliciando com banho de mangueira.

Balançando com o papai - 1 ano
Caminhando pelo parque
Orla Pôr do Sol
Conheci a orla do Pôr do Sol recentemente e agora é passeio oficial de todos os nossos amigos que visitam Aracaju. A Orla está localizada à beira do rio Vaza Barris na região do Mosqueiro. Super indico para passeios com bebês de todas as idades. Pode-se passear pelo calçadão tranquilamente com carrinhos e também vi muitas crianças brincando no píer e no parquinho infantil. Ver o sol se despedindo no rio é uma visão das mais lindas. Sério mesmo. Você fica de frente com o solzão que lentamente vai sumindo no horizonte. Na beira do rio.
De lá também sai os catamarãs para passeios pelo rio, mas essa parte ficou para quando Ana estiver mais crescida. Quando levamos Aninha, ela ainda iniciava os primeiros passos sempre com o nosso apoio. E como ela faz com todo o local que gosta, saiu desembestada a correr e arrastar qualquer mão que a acompanhasse. Olha a situação da avó.
                         Quer ir mais eu? Vumbora...
Lá você também encontra água de coco geladinha e achei justos os preços no restaurante (desculpinha. não lembro o nome) que fica próximo ao porto. Para as mães, deixo a dica de chegar as 16:30/17:00, ver o espetáculo do sol e ir embora. Ou então levar repelente porque o lugar é na beira do rio. E rio mais por do sol igual a mosquito. Muito mosquito. Copiou?



quarta-feira, 4 de julho de 2012

Férias da garotada em Aracaju - Parte 2

Postado por Flávia às 15:37 0 comentários
Especialmente nesta semana o blog estará voltado às férias da garotada.
A minha proposta é cavucar Aracaju em busca de opções para a comunidade materna. Principalmente das coisas que eu adoro: teatro, música, cultura , natureza. Não só essas e nem nessa exata ordem, mas para minha primeira vez como palpiteira das férias alheias, vou seguir essa orientação para a escolha de atividades.
Site: www.palacioolimpiocampos.se.gov.br
A dica do dia é o Projeto “Férias no Museu” que acontece no Palácio-Museu Olímpio Campos.
O projeto é voltado para crianças de 8 a 11 anos e proporcionará dos dias  09 a 13 de julho  oficinas de arte, apresentações musicais, filmes educativos e visitas guiadas com informações sobre a história do Palácio-Museu e de Sergipe.
Serão disponibilizadas 50 vagas (25 para cada turno) e as inscrições estarão abertas até o próximo domingo, 08, no mesmo horário de funcionamento do Palácio: de terça a sexta-feira, das 10 às 17 horas, e aos sábados e domingos, das 9 às 13 horas. A inscrição é gratuita e será necessário apresentar os documentos pessoais da criança e do seu responsável, além de comprovante de residência.
Uma semana de arte, música e história... Deviam oferecer vagas para as crianças na faixa etária dos 30 ; )
E você? Conhece o Palácio-Museu Olímpio Campos? Olha a oportunidade aí! E junto com o filhote então? Belezura!  

 

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