quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Em busca de uma creche de bom coração

Postado por Flávia às 05:36 3 comentários
Aproveitei a curta estadia da minha mãe em terras aracajuanas e comecei a visitar creches para bebês.

Conheci três creches, mas somente uma conseguiu passar um pouco de tranqüilidade. Digo um pouco porque tranqüila mesmo eu só ficaria se minha filha fosse cuidada por alguém da família. E feliz  eu    ficaria apenas se pudesse ficar em casa até os três anos pelo ou menos.
A primeira ,que acredito ser a mais conhecida da cidade, não agradou. Parecia um depósito de bebês. Encontrei duas cuidadoras em um espaço pequeno cercada por bebês em cadeiras de balanço. O que mais chamou a atenção foi que visivelmente muitos deles não estavam com sono e poderiam aproveitar  o tempo para brincar, ouvir música, assistir um DVD. Pareciam entediados e certamente em algum momento dormiriam balançando, mas não por vontade própria.

A segunda foi a que mais gostei. Foi recomendada por amigos e pela minha obstetra. Encontrei um grande espaço com flores e ar livre para as crianças. Na sala dos bebês encontrei os pequenininhos em plena atividade. Estavam livres para escolher a sua própria brincadeira e a presença dos berços e cadeiras de balanço demonstravam que a soneca não era forçada. Gostei também da responsável pelo local que se mostrou muito sensata e me explicou que não poderia receber a minha filha em dezembro. Além de não ter vaga, no final de ano os funcionários da creche param por uma semana e é um momento de cansaço para todos, portanto não é o ideal para a equipe focar na adaptação de uma nova criança. Nota 10 pela sinceridade e pela preocupação com o bem estar dos funcionários e das crianças.
Na terceira não encontrei nada de errado, mas não empolgou sabe? Não bateu a simpatia. Achei escura e muito pequena. Não tinha um espaço reservado para amamentação e algumas crianças do berçário já estavam bem grandinhas. Fiquei imaginando que uma dentada daqueles garotinhos arrancaria o braço da minha Aninha.

Por enquanto, a segunda creche foi escolhida. O único problema é que só tem vaga no fim de janeiro e eu começo a trabalhar no inicio. Se realmente não surgir (ainda tenho esperança) vou ter que apelar para mãe e sogra vindo de Salvador para um socorro amigo. Estou mentalizando: “Vai dar tudo certo!”. Pensamento positivo.
Aqui pra nós. Esse retorno ao trabalho é muito doloroso para a pobre mãe aqui. Observei as crianças na creche e sempre que eu reconhecia o olhar da minha filha naquelas carinhas dava um aperto no peito. Vi uma menina que aparentava ter um ano estender os braços pedindo colo a cuidadora, mas como ela estava com outra criança, passou direto e apenas brincou com a menininha. Não foi por maldade. Apenas tinha outra criança no colo e não podia dar atenção a menina naquele momento. Aquela cena baixou meu astral. Imaginei minha filha que tem amor, atenção exclusiva e uma mãe dedicada 100% do tempo precisar de um abraço e não receber.

Por outro lado, procuro pensar nas coisas boas que virão com essa experiência. Outras crianças para interagir, aprendizados e quem sabe uma tia especialmente amorosa daquelas que guardamos no coração pra sempre. Lembro da minha professora da alfabetização que me acompanhou até a quarta serie e é responsável por recordações maravilhosas dessa época da minha infância.
O certo é que a prioridade é o bem estar da nossa filha. Vamos acompanhar de perto essa mudança e permanecer nesse formato somente se ela estiver feliz. Qualquer sinal de infelicidade vai significar alteração de planos. Com certeza. Sem pestanejar!

Atualizando as noticias sobre a minha Ana quero contar que:

·         A mocinha acordou bem inquieta hoje. Choramingando como não costuma fazer. Estou suspeitando de um ponto branco na gengiva e do morde morde que ela está agora. De vez em quando solta gritinhos agoniados e coloca o dedo na boca. O pediatra acha que é apenas um ponto sem pigmento na gengiva. Eu acho que é dente.

·         Descobriu que os pés são os seus melhores brinquedos. Ainda não consegue levar a boca,mas não vai demorar muito porque está treinando o tempo todo. Deita no bebê conforto,no carrinho e na cama e já vai levantando as perninhas.

·         Já provou suco de laranja lima e de maçã. Adorou. Cenoura rejeitada. Coitada! Tentarei novamente na próxima semana.

·         Nesta semana grudou na mãe. Só aceita ficar com o pai ou com a avó se estiver perto e olhando para mãe. Fiquei fora por duas horas e ao chegar em casa encontrei a menina se debulhando em lágrimas. Minha mãe disse que quando ela percebeu que eu não saía do banheiro armou o bico e começou a chorar.

·         Tá na fase de levar tudo a boca e fica impaciente quando o objeto não encaixa certinho na gengiva. Reclama,grita e pede ajuda a mãe.
·         Gosta muito de assistir desenhos. Deixo assistir o Discovery Kids, mas a enxurrada de comerciais está me incomodando. Se eu que tenho 31 fico com vontade de comprar a maioria dos brinquedos imagina uma criança! Providenciarei DVDs na próxima semana. Aceito sugestões.
·         Ganhou um ginásio com um monte de brinquedinhos e está aproveitando a beça. Bate com as mãos e com as perninhas, cheia de alegria doida.

Resumindo: Tá uma delicia essa menina!


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Bebê e Mamãe - 4 meses

Postado por Flávia às 05:59 2 comentários

Desculpem a falta de noticias. Os cochilos diurnos da minha princesinha ainda são irregulares e ás vezes 20 minutos é mais que suficiente para recarregar a bateria. A noite quando ela dorme, geralmente as 19:30, eu capoto juntinho. É neném pro lado e mamãe pro outro nanando pesado. Então apesar das muitas histórias eu tenho pouco tempo.
Vamos as novidades. Senta que lá vem história...

Aninha
Gostosa, gostosa, gostosa...
Já se tornou uma mocinha de 4 meses que as vezes pensa que já tem 6. Não é muito adepta a ficar deitada no colo. Gosta de ficar em pé, escalando a barriga até chegar no peito da mãe ou de qualquer um que a esteja carregando. Aprendeu a fazer bola de cuspe com a mãe e com o pai aprendeu a bater as pernas durante o banho derrubando 50% da água da banheira. Só ensinamos o que presta, não?
Agora estou ensinando a soltar beijo e falar mamãe. Tudo bem que ela só tem quatro meses né, mas estou investindo no time da mamãe desde cedo para ser a primeira palavra dela. Ui que emoção! O pai aposta que todo o meu trabalho será em vão e papai virá primeiro.
Sofreu muito com cólica até o segundo mês e meio mais ou menos. Digo mais ou menos porque a minha mente parece que bloqueou boa parte desse período nebuloso na vida do bebê e da mamãe e para mim é difícil relatar com exatidão o tempo que durou e como aconteceu. Bebê choramingava o dia todo e no final da tarde o choro vinha com força pontualmente as 18:00. Alguns dias começava mais cedo...
Chorava bebê do lado e mamãe do outro. Desespero total de mãe de primeira viagem. Muitas visitas ao pediatra, muitos “calma bebê, vai passar vai passar” muitas lágrimas do bebê e visitas da avó para acalmar a mãe. Sim, no auge do desespero a super vovó veio voando de Salvador socorrer as duas meninas choronas. E assim como veio de uma hora para outra o tormento se foi, antes mesmo de completar o terceiro mês como previa o pediatra.
Depois ainda enfrentamos o refluxo que impedia Aninha de mamar tranqüila e a deixava nervosa o tempo todo. Esse porre praticamente roubou a personalidade da minha filha até ser diagnosticado e tratado. Ana passou de criança calma a um gremlin chorão e irritado o tempo todo. Esse assunto até dava post assim como a cólica também, mas o que é importante dizer por hora é que já está tudo ok e a gatinha voltou a ser calma e risonha de novo.
Começamos agora a fazer os primeiros passeios mais demorados como almoçar fora, shopping e mercado central. Tudo com calma sem forçar o tempo dela ou sair completamente da rotina. No começo fiquei ansiosa por voltar a vida social de vez, mas entendi que o bebê tem o seu tempo e o ideal é ensiná-lo com calma. Assim fomos criando um plano para que ela se acostumasse a “rua” sem choro / irritação. Começamos com passeios de 20 minutos e fomos evoluindo até esse final de semana no qual fomos ao mercado central super barulhento e calorento. Bebê nos surpreendeu e o bom humor durou todo o passeio. Até rendeu um almoço fora no mesmo dia. Comportamento nota dez!
Agora se prepara para os próximos capítulos da sua vida de bebê: Provar outros sabores além do leite materno (o pediatra liberou os sucos mantendo LM como principal refeição)  e a escolha da creche, pois a mamãe volta a trabalhar em janeiro e quer começar a fase de adaptação em dezembro. Situação esta que tem deixado a mamãe super triste!
E falando em mamãe...
Resolveu tomar vergonha e tomar aulas de direção para finalmente utilizar a carteira de motorista. Gente, morro de medo. Medo não.Tenho pavor.
Tirei a habilitação em Salvador e comecei a dirigir lá sempre acompanhada pelo maridão. Quando mudei para Aracaju comecei novamente a treinar, mas o momento não era dos melhores e dois fatos me afastaram do volante. Estava super nervosa com a mudança, com o novo trabalho, com a falta da igreja e dos amigos. Não dormia bem, não comia bem, não estava nada bem. Péssimo momento para a direção, então aconteceu o seguinte:
1.     Esqueci o freio. Sim, pode rir! Esqueci onde ficava o freio, entrei pela contramão e quase mato o marido de susto.
2.     Encostei no fundo de um carro.Novamente porque esqueci o freio. Nem arranhou o carro da frente, mas o dono (um menino alucinado) desceu do carro protegido pela mamãe louca e começou a fazer o maior escândalo. Juro, que o carro não sofreu sequer um arranhão, mas a criatura deu a louca porque papai tinha acabado de lhe dar o carro de presente. Um bafafá!
Depois disso resolvi dar um tempo. Era muita coisa ao mesmo tempo e eu não tinha condições de lidar com a maldade das pessoas. Buzinadas, fechadas e escândalos de playboy era muito para minha cabeça. Desisti.
Agora com Aninha não deu mais para protelar e estou de volta ao volante. Oremos.
A licença maternidade está chegando ao fim e eu arrasada por ter que deixar Ana na creche. Não tenho confiança de deixar com babá, até porque não tenho família para ajudar a cuidar de Aninha. Sendo assim acredito que a creche seja mais segura. Vou visitar duas nesta semana para que ela comece a freqüentar antes do meu retorno. Assim vamos acompanhar com calma a adaptação. Tentarei atualizar o blog sobre as novidades da creche.
Por ultimo, estou sentindo falta de amigas mães em Aracaju. Pra trocar idéias mesmo, principalmente sobre opções na cidade para nossos filhos. Por exemplo, aulas de musicalização para bebês. Já busquei na net e não encontrei profissionais em Aracaju. E peças teatrais para bebê? Aqui tem? Quero que Aninha tenha contato com música e cultura  e não estou encontrando.  outras coisas.
Já conheci a Kyu, fiquei super feliz com comentário da Gi e da Vivyane e quero conhecer outras meninas de Aracaju.
Tem tanta coisa pra contar, mas vou parar por aqui pra não virar um post livro.
É isso que dá ficar tanto tempo fora.


 

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